Acabou a campanha eleitoral e por ela se ficou a conhecer, pelo menos, o feitio dos principais candidatos que tiveram de dar a cara pelos partidos que dirigem ou parecem dirigir dos Açores. Isto porque, à excepção do PDA, as delegações locais dos restantes partidos, por força dos seus próprios estatutos nem candidaturas podem apresentar sem assinatura dos presidentes nacionais de cuja boa vontade dependem.
A campanha foi relativamente morna e absolutamente dispendiosa para os maiores partidos que despenderam milhões de euros em propaganda, almoços, jantares, camisas, transportes etc. não sei de onde vem esse dinheiro todo mas tais verbas cheiram a promiscuidade com gente de dinheiro e isso não é bom para a democracia, pois o capital deve ser servo do Estado e não seu dono e, geralmente, quem paga gosta de ser bem servido. Em política desde há milhares de anos, que “a mulher de Júlio César não deve apenas ser séria mas deve parecer sê-lo”. E esta promiscuidade faz parecer que há qualquer coisa de pouco sério nesta imagem que os grandes partidos transmitem. É verdade que o eleitor que conta comer de graça ou receber camisas ou esferográficas sem pagar está-se nas tintas para quem paga logo que seja ele a receber. Porém, no meio de tanta gente há-de haver pessoas sérias para quem a desonestidade é desonestidade qualquer que seja o outro nome que lhe dêem.
Li por aí que se deve votar em branco como forma de protesto. Não há diferença política entre votar em branco e abster-se ou seja, não votar. Porque quem tem mais votos é que governa e ponto final. Quem, com um mínimo de inteligência quiser votar contra o que está, não vai para a América, não se abstém nem vota em branco. Vota em alguém. Vota naquele que lhe merece mais confiança, no que tiver o melhor programa ou no que pode fazer mais mossa ao que governa e de que o eleitor eventualmente não goste. Tudo é preferível ao café com leite que não é uma coisa nem outra uma espécie de indivíduo que não é homem nem mulher antes pelo contrário.
Outra questão é a dos dinheiros públicos. De todos os partidos que concorrem a estas eleições, o PDA é o único que não recebe dinheiro do Estado mas é de todos aquele a quem o Tribunal Constitucional aplica mais multas por virtude duma lei antidemocrática. Primeiro porque havendo um Tribunal de Contas não faz sentido que seja o tribunal Constitucional a fazer as suas vezes. Depois porque não se percebe porque um partido que tem um orçamento anual de menos de mil contos (5.000€), cada vez que aparece um papel que não obedece às regras ou um atraso na apresentação daquelas, se lhe aplica multas muito superiores ao orçamento anual. A não ser que o objectivo seja fechar-lhe as portas mas então aí que se assumam como se assumiram quanto ao número de militantes, cuja lei tiveram que engolir para não fechar os outros todos que, sendo também úteis à democracia, estavam nas mesmas circunstâncias. Se o Povo Açoriano desse alguns votos ao PDA talvez os poderes soberanos e neocolonialistas percebesse que existimos e temos consciência disso.
Carlos Melo Bento
A campanha foi relativamente morna e absolutamente dispendiosa para os maiores partidos que despenderam milhões de euros em propaganda, almoços, jantares, camisas, transportes etc. não sei de onde vem esse dinheiro todo mas tais verbas cheiram a promiscuidade com gente de dinheiro e isso não é bom para a democracia, pois o capital deve ser servo do Estado e não seu dono e, geralmente, quem paga gosta de ser bem servido. Em política desde há milhares de anos, que “a mulher de Júlio César não deve apenas ser séria mas deve parecer sê-lo”. E esta promiscuidade faz parecer que há qualquer coisa de pouco sério nesta imagem que os grandes partidos transmitem. É verdade que o eleitor que conta comer de graça ou receber camisas ou esferográficas sem pagar está-se nas tintas para quem paga logo que seja ele a receber. Porém, no meio de tanta gente há-de haver pessoas sérias para quem a desonestidade é desonestidade qualquer que seja o outro nome que lhe dêem.
Li por aí que se deve votar em branco como forma de protesto. Não há diferença política entre votar em branco e abster-se ou seja, não votar. Porque quem tem mais votos é que governa e ponto final. Quem, com um mínimo de inteligência quiser votar contra o que está, não vai para a América, não se abstém nem vota em branco. Vota em alguém. Vota naquele que lhe merece mais confiança, no que tiver o melhor programa ou no que pode fazer mais mossa ao que governa e de que o eleitor eventualmente não goste. Tudo é preferível ao café com leite que não é uma coisa nem outra uma espécie de indivíduo que não é homem nem mulher antes pelo contrário.
Outra questão é a dos dinheiros públicos. De todos os partidos que concorrem a estas eleições, o PDA é o único que não recebe dinheiro do Estado mas é de todos aquele a quem o Tribunal Constitucional aplica mais multas por virtude duma lei antidemocrática. Primeiro porque havendo um Tribunal de Contas não faz sentido que seja o tribunal Constitucional a fazer as suas vezes. Depois porque não se percebe porque um partido que tem um orçamento anual de menos de mil contos (5.000€), cada vez que aparece um papel que não obedece às regras ou um atraso na apresentação daquelas, se lhe aplica multas muito superiores ao orçamento anual. A não ser que o objectivo seja fechar-lhe as portas mas então aí que se assumam como se assumiram quanto ao número de militantes, cuja lei tiveram que engolir para não fechar os outros todos que, sendo também úteis à democracia, estavam nas mesmas circunstâncias. Se o Povo Açoriano desse alguns votos ao PDA talvez os poderes soberanos e neocolonialistas percebesse que existimos e temos consciência disso.
Carlos Melo Bento
16 de Outubro de 2008
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