segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Inteiramente

Portugal é um dos mais antigos Estado da Europa, entendendo-se como tal a Nação politicamente organizada. Nervos essenciais do estado são as forças armadas e o sistema económico – financeiro, a tal ponto que, quando um destes sectores entra em crise, o estado periga e, no geral, transforma-se. Nos estados de mercado livre, a economia e as finanças assentam na banca, depositária das poupanças e dínamo dos investimentos. Quando a banca espirra o estado constipa-se. Por aqui se vislumbra o perigo que nós todos corremos na presente situação, emergente duma crise bancária à escala planetária e que embateu com violência inaudita no tal nervo, num impacto que abalou todos os sistemas internos, desde a empresa à moradia, desde o emprego à mesa. Abismados, assistimos ao revelar de indícios de graves tropelias, num sector que deve ser inteligentíssimo mas que tem de ser integérrimo. Parece que, afinal, nem uma coisa nem outra, com a agravante de se pretender agora conspurcar o mais alto órgão de soberania do estado. Nunca ninguém se atrevera a tanto desde D. Carlos I e deu o que deu. Há algo por detrás desta furiosa e estranha tempestade que está mal explicado. O País não devia ser joguete na mão de gente sem escrúpulos nem sujeitar-se a ser defendido por ingénuos passivos, sem coragem para impedir ocorrências gravíssimas que nos podem perder a todos. A Justiça por melhor que seja (e é) não previne nem governa. É altura de se exigir aos que pagamos para isso que cumpram os seus deveres. Inteiramente!
Carlos Melo Bento
2008-11-24

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