segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Eleições

Vai começar a sério a campanha eleitoral para as legislativas regionais que o Chefe de Estado marcou para 19 de Outubro próximo futuro. Até aqui, fora as picardias do costume entre o PS e o PSD que nos habituaram há anos a um jogo de disse e contra disse que ninguém entende nem leva a sério, nada de novo. César com milhões faz obras como ninguém fez antes, e no geral (sejamos justos) fê-lo com tino e mestria, Berta Cabral (sem milhões) faz também coisas incríveis de que só um verdadeiro génio é capaz. Todavia, ela não é chefe da oposição, colocando-se numa posição secundária que não augura nada de bom para a turma laranja, pois Costa Neves é praticamente ignorado em S. Miguel, ilha que, quer se queira quer não, decide tudo. Para além disso, César namorou Rui Melo e o aconchego vai de vento em popa com vantagem para os dois. Para César nas regionais e para Melo nas autárquicas que se avizinham também. Restam os pequenos partidos para quem César criou, magnânimo, um circulo de compensação que, pensa ele, levá-los-á Assembleia. Não estou tão certo disto porque os pequenos partidos, tudo espremido, ainda ficam abaixo dos restos, pois não têm nem casas nem subsídios nem empregos para oferecer e, portanto, ficarão outra vez à deriva. Talvez o PDA (onde milito) tenha alguma hipótese de recolher por sorte, da nova lei algum proveito, mas isso depende do desempenho de José Ventura que só agora passou para o segundo ano da Universidade e ainda está longe do DR que tantas portas abre. O eleitorado volúvel quer ver caras e programas para se decidir e aí, o bota abaixo do Bloco de Esquerda atrai os maldizentes, e o fascínio pelos dirigentes nacionais (que atrai os açorianos na política e no futebol contra os seus próprios valores) pode ter uma palavra a dizer. Por outro lado, os comunistas têm uma militância monolítica que não diminui nem aumenta mas ocupa um lugar. Tudo visto, parece que os socialistas vão ganhar com larga maioria, e os pequenos partidos, onde incluo o CDS/PP correm o risco de desaparecer.
Ponta Delgada
2008-09-10

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