terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Os Melhores



Para que as instituições autonómicas funcionem em plenitude é preciso que tenham as condições necessárias e suficientes para o melhor aproveitamento das suas potencialidades materiais, que são importantes, e humanas que são mais importantes ainda. A nossa dispersão geográfica é a nossa força e a nossa fraqueza. Tornada impossível politicamente a concentração numa só ilha de todos os órgãos autonómicos de decisão, como acontece para vantagem deles na Madeira, somos obrigados a um difícil jogo de equilíbrios que nem sempre consente a solução óptima. Olhemos por exemplo a Assembleia Legislativa. O seu afastamento da sede do governo é um calcanhar de Aquiles dificilmente ultrapassável. A sua localização numa ilha pouco povoada e por isso de relativa importância política, diminui o seu poder de influência e impede que muitos dos melhores queiram deslocar-se da sua ilha para ali, onde, se estivessem, lhe dariam o prestígio que vem faltando ao mais importante órgão de representação autonómica. No princípio e em nome da unidade açórica (e para garantir maiorias) houve que conceder à antiga sede do terceiro distrito um relevo proeminente. Agora, que a unidade é um factor de força que todos aceitam como indiscutível, era bom que se pensasse em mudá-la para esta ilha ou para a Terceira, ali deixando o governo do mar, onde com proveito farão melhor que todos. Como está não é uma mais valia nem nos levará longe. E os tempos aconselham que, nesses lugares, estejam só os melhores.

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