sábado, 26 de abril de 2008

Unidade


O Congresso dos Socialistas foi o acontecimento importante da semana não só por ser a reunião magna do partido que governa como por terem sido proferidas afirmações que irão influenciar o futuro próximo. Têm os socialistas uma governação que apresenta uma série de inesperadas vitórias políticas e um palmarés de realizações culturais e materiais indiscutíveis. A lei das finanças regionais trouxe para os Açores uma fatia importante da impropriamente chamada coesão nacional, malgrado os protestos dos madeirenses. Foi com satisfação que ouvi falar pela primeira vez por parte do maior partido da esquerda açoriana, no Povo Açoriano, nos Açores e no seu líder açoriano, desacompanhados de quaisquer outros valores exógenos à nossa existência como Povo Autónomo e autogovernado. Senti que 30 anos de ditos e escritos acabaram por ser adoptados por quem, desde a primeira hora, devia tê-lo feito e só nós é que perdemos por isso não ter acontecido desde então. Estamos novamente sintonizados e, só assim, podemos vencer a luta contra o centralismo vesgo que é, objectivamente, o nosso único inimigo. Perceberam-no José Maria Raposo do Amaral, Francisco Luís Tavares, José Bruno Carreiro e, agora, Carlos César. Não era sem tempo. Queixa-se o Presidente de que Lisboa teima em não nos permitir dirigir a segurança nas ruas e nas casas. Para já, o objectivo é vencer a teimosia. Berta Cabral também se queixou do mesmo. Estamos pois unidos nisso e na luta pelo Estatuto unânime; por isso venceremos.
Carlos Melo Bento
2008-04-22

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