Quando as coisas neste País tinham alguma lógica e coerência, este dia era um dos mais festejados no calendário nacional. Celebrava-se a Mãe de Jesus no momento em que, convencionalmente, o Salvador fora concebido.
Mistério religioso cuja sacralidade era transmitida à Mãe do Céu e, por via dela, às nossas Mães. Mãe era, então, uma pessoa imaculada, o alicerce inabalável da Família, célula base de qualquer sociedade civilizada. Mãe era a Mulher do Pai, companheira fiel e inseparável, conjugados sem tibiezas na educação dos filhos.
Nesse dia tão lembrado na escola, no lar, na Igreja e em toda a parte, quem não recorda as ofertas que fazíamos por nossas mãos e as quadras que inventávamos e nervosamente escrevíamos com canetas de pluma e tinta de tão difícil manejo.
E com que excitação, mal raiava o dia, as levávamos quarto dentro à Mãe querida cujo sorriso de satisfação apagava, em segundos, inquietações e medos, dores e queixumes.
E pela vida fora que bom era carregar a doce recordação desses momentos felizes em que o mundo e o tempo paravam para nós sermos felizes também. Era o tempo das meias solas e dos fatos virados mas havia objectivos e valores, e educação e respeito.
A Família era então um lugar em que o amor se tinha por garantido. Os Pais abdicavam dos egoísmos da realização pessoal e das emancipações serôdias face ao interesse dos filhos. Buscava-se a felicidade e encontrava-se alguma.
Havia excepções, ninguém o nega mas eram excepções que não se ousaria tornar em regra.
Não se incensava a Mãe solteira, fonte de infortúnios inevitáveis e de tristezas sem conta, numa sociedade sem valores e sem rumo. Não se advogava o divórcio como panaceia automática para as discussões e os problemas que todos os casais têm. Não se transformava a mulher e Mãe numa simples fonte de rendimento mensal para cobrir as prestações da casa, do carro, dos cigarros e do preservativo. Não se legalizava o consumo da droga flagelo demoníaco que nos há-de destruir a todos. Não se defendia o aborto como forma de controlar a natalidade, fonte de abjecções sem nome e indignidades sem conto.
Divinizava-se a Mãe e pedia-se-lhe a benção.
Carlos Melo Bento
2003-12-08
Mistério religioso cuja sacralidade era transmitida à Mãe do Céu e, por via dela, às nossas Mães. Mãe era, então, uma pessoa imaculada, o alicerce inabalável da Família, célula base de qualquer sociedade civilizada. Mãe era a Mulher do Pai, companheira fiel e inseparável, conjugados sem tibiezas na educação dos filhos.
Nesse dia tão lembrado na escola, no lar, na Igreja e em toda a parte, quem não recorda as ofertas que fazíamos por nossas mãos e as quadras que inventávamos e nervosamente escrevíamos com canetas de pluma e tinta de tão difícil manejo.
E com que excitação, mal raiava o dia, as levávamos quarto dentro à Mãe querida cujo sorriso de satisfação apagava, em segundos, inquietações e medos, dores e queixumes.
E pela vida fora que bom era carregar a doce recordação desses momentos felizes em que o mundo e o tempo paravam para nós sermos felizes também. Era o tempo das meias solas e dos fatos virados mas havia objectivos e valores, e educação e respeito.
A Família era então um lugar em que o amor se tinha por garantido. Os Pais abdicavam dos egoísmos da realização pessoal e das emancipações serôdias face ao interesse dos filhos. Buscava-se a felicidade e encontrava-se alguma.
Havia excepções, ninguém o nega mas eram excepções que não se ousaria tornar em regra.
Não se incensava a Mãe solteira, fonte de infortúnios inevitáveis e de tristezas sem conta, numa sociedade sem valores e sem rumo. Não se advogava o divórcio como panaceia automática para as discussões e os problemas que todos os casais têm. Não se transformava a mulher e Mãe numa simples fonte de rendimento mensal para cobrir as prestações da casa, do carro, dos cigarros e do preservativo. Não se legalizava o consumo da droga flagelo demoníaco que nos há-de destruir a todos. Não se defendia o aborto como forma de controlar a natalidade, fonte de abjecções sem nome e indignidades sem conto.
Divinizava-se a Mãe e pedia-se-lhe a benção.
Carlos Melo Bento
2003-12-08
Sem comentários:
Enviar um comentário