Nada
Penso muita vez que S. Miguel teve importância devido a terem existido famílias com fortunas cujos membros mais cultos e inteligentes se dedicaram à política, economia, finanças, cultura, benemerência, etc. Em tudo, os micaelenses deram cartas e contribuíram decisivamente para o progresso, a ponto de, durante tempos, Ponta Delgada ser a terceira cidade do país. O melhor exemplo foi em 1895, quando, sem temerem retaliações, o líder dos conservadores se recusou a opor-se aos autonomistas, o dos progressistas, se autonomizou e os autonomistas venceram. Hoje, as circunstâncias são outras e embora factores novos e alheios à nossa actividade e a Lisboa, tenham derramado progresso material que tanto ajudou a levantar o nível de vida das classes pobres, e não só delas, a verdade é que já não há gente rica, apesar de termos economia de mercado, e poderosos teremos duas pessoas. Uma, o Presidente Carlos César e outra a Presidente Berta Cabral. Todavia um e outro serão sempre transitórios e condicionados a uma opinião pública formada noutros azimutes, alheia aos seus próprios problemas, iludida com os dos outros. Sem particulares poderosos, seremos sempre manietáveis pobretanas sem capacidade de existir por si. Bancos, seguros, fábricas, inovação, tudo nos escapa. Ou o Estado ou nada.
Carlos Melo Bento
2009-09-01
Penso muita vez que S. Miguel teve importância devido a terem existido famílias com fortunas cujos membros mais cultos e inteligentes se dedicaram à política, economia, finanças, cultura, benemerência, etc. Em tudo, os micaelenses deram cartas e contribuíram decisivamente para o progresso, a ponto de, durante tempos, Ponta Delgada ser a terceira cidade do país. O melhor exemplo foi em 1895, quando, sem temerem retaliações, o líder dos conservadores se recusou a opor-se aos autonomistas, o dos progressistas, se autonomizou e os autonomistas venceram. Hoje, as circunstâncias são outras e embora factores novos e alheios à nossa actividade e a Lisboa, tenham derramado progresso material que tanto ajudou a levantar o nível de vida das classes pobres, e não só delas, a verdade é que já não há gente rica, apesar de termos economia de mercado, e poderosos teremos duas pessoas. Uma, o Presidente Carlos César e outra a Presidente Berta Cabral. Todavia um e outro serão sempre transitórios e condicionados a uma opinião pública formada noutros azimutes, alheia aos seus próprios problemas, iludida com os dos outros. Sem particulares poderosos, seremos sempre manietáveis pobretanas sem capacidade de existir por si. Bancos, seguros, fábricas, inovação, tudo nos escapa. Ou o Estado ou nada.
Carlos Melo Bento
2009-09-01
1 comentário:
Ser Ilhéu é ter a grandeza do espirito de luta, ter amor ao Solo que o vi nascer, povo que ama e labuta, sem ter medo de morrer. Bate o vento nas montanhas, a terra invadida pelo mar, tremem nossas entranhar, mas nada nos faz abandonar. Tive um trabalho enorme, para esse desabafo aqui deixar, somos um Povo que não dorme, sem seu trabalho terminar.
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