Quando se inventam factos com intuitos malévolos ou inconfessáveis pratica-se uma imoralidade e um crime. Quando se sabe que tais actos são falsos e quem os usa não presta, divulgá-los é colocarmo-nos ao nível dos escroques que usam a liberdade, não para dizerem o que devem mas o que querem para sem escrúpulos realizar interesses inconfessáveis. Mesmo que da sua acção resultem mágoas e dores profundas em pessoas inocentes e sérias que agem com cuidado para não ferirem ninguém. O ladrão rouba e agride mas se o polícia nos defende a vida e o património com zelo e firmeza, ferindo o assaltante ou até matando-o para não ser morto, então é o pobre polícia que se vê em palpos de aranha ou no banco dos réus ou na cadeia ou no cemitério sem que a família receba coisa que se veja por ter perdido o seu ganha pão. E se alguém faz justiça por suas mãos no auge da indignação e revolta por a autoridade ter desaparecido, então ainda é pior. Esta situação está infelizmente a generalizar-se a outros sectores da nossa vida, criando uma mentalidade de que o bandido é que é o esperto, que o estado está aí é para lhe dar o rendimento mínimo, casa, tratamento médico, reforma, droga e subsídio de enterro e que as pessoas sérias ou de colarinho branco (e portanto criminosos em potência) têm é que se isolar em condomínios e não se misturar com a ralé para não saírem sujos ou condenados. Há quem defenda que nos devamos defender dos que nos infamam, a murro. Mas parece é que esses párias que, por ganância ou pior, fazem das suas vidas o inferno da dos outros, precisam mas é dum desprezo tão profundo que nem os cães raivosos os queiram para companheiros. Infelizmente, o velho espírito crítico que nos impedia de acreditar em mentiras e aleivosias anda um pouco desvanecido. É preciso reagir com firmeza e separar o trigo do joio. Quanto antes.
Carlos Melo Bento
2010-05-11
Carlos Melo Bento
2010-05-11