segunda-feira, 23 de junho de 2008

César

Feita a definição no PSD, local e nacional, raciocinemos sobre as regionais, apenas com duas fidelidades absolutas: aos Açores e aos açorianos. Da principal oposição não parece emergir candidatura capaz de ocupar o poder numa eventual alternância ao governo socialista. Sem Berta Cabral os sociais-democratas estão praticamente decapitados, pois nem Costa Neves representa uma solução unificadora do antigo e poderoso eleitorado laranja, nem tem obra governativa ou candidatos que aconselhem ou permitam a referida alternância. A restante oposição corre o risco de desaparecer ou de não aparecer, pese embora a nova lei eleitoral que vai exigir um mínimo de 3.700 votos para poderem passar na malha apertada da lei de Hondt. Só o PC se aproximou desse número e não parece que tenha subido na intenção de voto. Dos outros, o PP é apenas a incógnita terceirense (ou anti-S. Miguel). PPM é tremida esperança corvina; BE só pode subir à custa do PC e a margem aí é curta; o PDA só se recuperar e aumentar as votações Costa Matos/Fraga; o PNB inexiste.
César apresenta-se por seu lado com um currículo forte de realizações (sendo que as culturais não têm paralelo), com o partido coeso, com dirigentes prestigiados e dinamizados; só um cataclismo poderia impedir a sua reeleição. É verdade que 5 anos no poder são demais mas, quando as alternativas são piores, não costuma haver mudanças. A César portanto o mandato. O último, se a oposição tiver juízo.
Carlos Melo bento
2008-06-23

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