Parece que sempre os haverá. Mas o que varia é a atitude dos que o não são. Antes, dava-se-lhes esmolas. A esquerda e bem, insurgiu-se contra a caridadezinha que a detestada pequeno-burguesia se dignava fazer, bem sabendo que isso nada resolvia, antes assegurava a continuação da pobreza e de todos os seus cortejos de fome, doenças, marginalidade. Promoveram-se todos à dignidade de filhos de Deus e dessa fraternidade nasceu, e outra vez bem, a saúde gratuita, o ensino gratuito, o direito à habitação, os subsídios de reinserção e rendimentos mínimos. Só que, o álcool, a droga, o crime, a loucura, a prostituição e o mais, conseguiram furar o sistema de segurança e assistência social e eis que as ruas se enchem de novo de miseráveis sem abrigo, uma espécie de legionários da pobreza que tudo fazem para se manterem pobres. Põe-se então o problema de saber o que devem fazer os outros? Esmolar de novo? Desprezar porque se eles não têm é porque não querem? Dar-lhes sopas quentes nos dias frios? Dar-lhes cobertores aconchegantes que eles depois trocam por vinho ou droga para de novo se deitarem em papelões urinados, perante a repugnância dos demais cidadãos cumpridores? A direita continua a dar-lhes isso tudo convencida de que ganhará o céu: fazer o bem sem olhar a quem. Mas a esquerda é que criou o problema e terá que ser ela a resolvê-lo. Salvando as crianças desse submundo a tempo e tratando ou internando os que persistem na autodestruição que infelizmente não os faz sofrer sozinhos.
sábado, 29 de dezembro de 2007
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