terça-feira, 21 de outubro de 2008

Que futuro?

Sabido o resultado das eleições, cabe pensar no que vai ser agora o nosso futuro, pois as análises dos “porquês” e dos “podia ter sido” só aos analistas interessa. Com maioria absoluta de deputados, o partido socialista irá certamente continuar com a política que lhe deu outra vitória eleitoral, cabendo-lhe, para salvaguardar o prestígio e credibilidade, cumprir o programa eleitoral, tanto quanto possível à letra. César, figura aglutinadora da sua máquina partidária, tornou-se para o partido do poder numa peça chave da governação sem o qual todo o equilíbrio até aqui conseguido, provavelmente não subsistirá.
A oposição mais fragmentada é certamente um trunfo de que os socialistas só agora dispõem, pois a divisão do adversário faz a força do que manda. As apostas do actual governo no turismo e nas comunicações, sobretudo, valem objectivamente um lugar na história do nosso progresso material; o apoio à pobreza com uma reinserção permanente dos mais pobres, como nunca se viu (despoletando por parte das Câmaras emuladas igual iniciativa); o acesso à educação e à cultura iniciada pelas laranjas e agora ainda mais desenvolvidas e apuradas, tem sido positivo. Se a crise financeira descambar em recessão, temos condições políticas para atravessar a tempestade com o máximo de capacidade de sobrevivência. No campo da autonomia, o poder rosa já sabe que, se parar, morre, daí que só pode avançar, pois aparentemente, estão todos de acordo. E, em política, o que parece é.
Carlos Melo Bento
2008-10-21

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