quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Claramente

Nuno Almeida e Sousa, em programa radiofónico, informou, que o Estado tem nos Açores muito património abandonado e/ou degradado que aliás elencou. Só que, para além disso, penso que os serviços do Estado nestas ilhas são de facto pouco eficientes para dizer o mínimo. Por qualquer razão que escapa ao entendimento do comum dos mortais, há uma sensação de abandono em tudo que não pertence aos órgãos autonómicos. Mas não é abandono. É assim mesmo. O centralismo não sabe governar as periferias. Sabe é mandar nelas. Fazer não faz. Mas também não deixa fazer. E este é o absurdo das guerras que declara. Não confia nem desconfia: manda. Jardim chama-lhes colonialistas mas parece que não. É mesmo birra. Querem ser ouvidos? NÂO. Querem içar bandeiras? NÂO! Querem-se chamar açorianos? NÂO!! Mas, ouçam lá, a quinta da Lagoa das Furnas está a cair aos bocados e é da Presidência da República, não é melhor consertar a casa, arranjar os jardins paradisíacos que pode o Chefe de Estado querer dar um passeio soberano à Ilha do Arcanjo? NÂO!!!! Mas o Polígono Acústico de Santa Maria está todo vandalizado e abandonado e roubado e arruinado, não era melhor?...NÂO!!!!! E a PJ que não tem meios para lutar contra o tráfico de droga que se espalha assustadoramente? NÂO!!!!!! E a Universidade cuja verba? NÂO! NÂO! E NÂO! E o palácio Marquês da Praia que ameaça ruína? NÂO! De facto, isto não é colonialismo. Deve ser constitucionalismo, é o que é. Sucessivo. Perguntem a Jorge Miranda que ele dirá: claramente!
Carlos Melo Bento
2009-01-13

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