domingo, 30 de dezembro de 2007

O Maestro Francisco José Dias

Quase um ano antes de assassinarem no Terreiro do Paço, em Lisboa, el-rei D. Carlos e o príncipe real D. Luís Filipe, nasceu Francisco José Dias numa proeminente família da soalheira freguesia dos Mosteiros, a mais ocidental da ilha de S. Miguel, nos Açores, lugar maioritariamente de pescadores e camponeses.

Seu avô materno, Manuel Arruda Simões, era ali professor do ensino básico, regente de filarmónicas
e organista apreciado, enquanto que seu pai, Manuel José Dias regressara do Brasil alguns anos antes, ainda a tempo de assistir à histórica e deslumbrante visita daquele rei e de sua mulher a rainha D. Amélia, às nossas ilhas, e partilhar com os irmãos a vasta propriedade rústica que lhe coube por inteiro em partilhas e lhe transformou a vida para sempre.

Manuel José fora clandestinamente para terras de Santa Cruz com 18 anos de idade e lá esteve dez anos. Regressado aos Açores, nos Mosteiros, enamora-se e casa com a filha do professor Simões, Maria da Conceição, de quem terá quatro filhos: a mais velha, Carolina, casaria com o sargento Luís dos Reis, jovem que, apesar de possuir o curso dos liceus completo, como muitos outros micaelenses, nunca quis sair da sua terra pelo que não chegou a oficial do exército, embora seu filho Diamantino viesse a ser mais tarde, professor dos Pupilos do Exército.

O ambiente familiar em que cresce e vive é de todo ligado à música. O irmão de sua mãe, Manuel Arruda Dias, fundaria nos Estados Unidos a famosa e importante banda de Santo António de Fall River que o nosso maestro vai apoiar em 1975, aquando da sua digressão a esta ilha pelas Festas do Senhor. O tio Manuel tinha 6 filhos, todos músicos, e as filhas cantavam e tocavam viola, sendo que os serões em casa do avô, numa terra sem electricidade e sem rádio, eram o fascínio de todos, marcando-os com o seu irresistível encantamento.

O segundo filho, foi Francisco José de que vamos falar hoje; o terceiro teve o nome do pai e nasceu um ano antes de rebentar a Grande Guerra. O quarto, Basílio, nasceu um ano depois daquela catástrofe e hoje felizmente vivo, guardião e defensor dos tesouros culturais da família, a cuja amizade devo as principais informações que permitiram esta despretensiosa exposição.

A família Dias, viveu nos Mosteiros até 1926, ano em que se instalam todos na Rua do Amorim, em Ponta Delgada e aqui deram conta da Revolução Nacional que em 28 de Maio iria instalar a Ditadura Militar de cujo seio brotou o Estado Novo, em 1933 e que duraria até 25 de Abril de 1974. O Marechal Gomes da Costa que chefiou de Braga o golpe militar, e foi depois exilado para esta ilha onde residiu alguns anos, certamente se cruzou nas ruas da cidade com os Dias, pois aquele herói da Flandres foi estimado entre nós.

Filho de seu pai, Francisco José, à volta dos 18 anos, tentou fugir clandestinamente para o Brasil. Com efeito, nessa altura, ele estudava em Ponta Delgada na Escola Normal Superior, onde forjou a ideia aventureira que já havia inspirado o progenitor. Todavia, Manuel Dias contava com bons amigos que denunciaram o intento do seu rapaz mais velho e veio a mata cavalos buscá-lo à cidade pela orelha, mal sabendo que esse puxão iria mudar para sempre a história da música açoriana.

Naquela Escola, Francisco José foi aluno do jurista Francisco Luís Tavares, o primeiro Governador Civil da República, pelo partido de António José de Almeida e é naquela prestigiada instituição, então de ensino médio, que o nosso biografado vai sentir a irresistível vocação para a música.

Contrariado nos seus intentos e não se sentindo inclinado a seguir a carreira do avô materno, como mestre escola, Francisco, num daqueles arrebatamentos que sempre o caracterizaram, e convencido por seu primo, o Sargento Simão Inácio da Costa,[1] apresenta-se como voluntário no quartel de Infantaria 26, a S. João, onde é hoje o Teatro Micaelense e antes fora, durante séculos, o Convento daquela invocação que os liberais extinguiram no século XIX.

Seu pai, contrariado embora, teve que ceder. Francisco tem nessa altura 19 anos, pois estamos no ano de 1926…o mesmo ano em que saíram dos Mosteiros, instalando-se os Dias na cidade[2]. Francisco José inicia nessa altura a sua carreira musical naquela que era então a mais importante escola musical dos Açores, a Banda Regimental.

Devido às suas habilitações e habilidade, rapidamente chega a Sub Chefe dessa Banda do Exército e a sua carreira como militar músico apresenta-se muito promissora. Na verdade, no fim de 1926, é 2.° Sargento músico de 3.ª classe, nos instrumentos de flauta e flautim, passando em 1928, a 2° sargento de 2.ª classe, e é colocado em Pinhel, onde começa a compor as suas primeiras obras.

De regresso aos Açores, em 1933, é promovido a 1º sargento e colocado em Angra do Heroísmo, onde estuda Harmonia e outras disciplinas com o capitão António Piedade Vaz e o famoso padre Tomás Borba, aqui compondo, em 1935, o seu Andante Religioso que dedicou a António Costa. É na ilha de Jesus Cristo, já casado com Maria Ilídia Fernandes Dias, que lhes nasce o primeiro filho, Francisco José Dias Júnior, que mais tarde emigraria para os Estados Unidos onde deixou geração. O seu segundo filho, Alcides, seria militar como ele e faleceria como coronel já neste século deixando duas filhas e um filho, que não vivem nos Açores.

Em 1935, é promovido a sargento-ajudante subchefe de banda e colocado em Ponta Delgada[3], e em 1936/37 frequenta o curso superior de música em Portalegre. É desta cidade alentejana a composição que intitula Lied e que dedica ao que considera o seu querido mestre, Capitão José Maria Cordeiro.

Eis senão quando, os fados lhe vão ser contrários. É que, as nuvens e os tambores da guerra desciam e rufavam sobre a Europa, e a Espanha debatia-se na mais sangrenta guerra civil da sua História. Em Portugal, alguém (parece que Humberto Delgado) convenceu o governo que “eram precisos mais canhões e menos trombones” e as 32 bandas regimentais do país ficaram reduzidas a 8!

Essa extinção de bandas militares, em 1937, contrariaria o seu objectivo pessoal – a promoção a oficial chefe de banda -, patamar que só consegue alcançar em 1958, o que vai constituir o maior desgosto da sua carreira.

Não ficou porém quieto nem indiferente à sua Terra bem amada [4], e na São Miguel natal, em 1943 compõe Alma Minha Gentil, Que Te Partiste e Pátria Nova, para orfeão, faz parte da comissão para a reabertura da Academia Musical de Ponta Delgada, promove, nas festas do 4º centenário da cidade de Ponta Delgada, em 1946, a reunião de mais de mil músicos no Campo de S. Francisco, que rege na execução do hino do Senhor Santo Cristo, obra imortal desse genial compositor que foi Manuel José Candeias, terceirense que, segundo ensina o Maestro Dias, foi regente das Bandas de Caçadores 11 em 1869, neste cidade e da de Caçadores 10 em Angra do Heroísmo, em 1901. Isto para além do hino do Senhor Espírito Santo, e outras composições. Organiza uma orquestra sinfónica, e em 31 de Março de 1951 dirige o concerto de ópera com que se inaugurou o novo Teatro Micaelense com coro misto e orquestra da Academia Musical e uma grande parada de 26 filarmónicas, com cerca de 1.500 executantes.

Em 1959 é colocado no Funchal onde esteve sem a família, como Chefe da Banda Militar, desempenhando também as funções de professor na Escola do Magistério Primário e Liceu Jaime Moniz. Ensaiou e regeu vários grupos corais, colaborou com o Orfeão Madeirense e foi chefe da Banda-Filarmónica Municipal do Funchal, deixando grandes marchas de homenagem ao grupos por onde passava[5].

Em 1961 regressa de novo a S. Miguel, dando continuidade a concertos culturais e às suas composições, levando-as a todas as ilhas, e ensinando Educação Musical no Liceu Antero de Quental, onde ficaram famosos os coros que reunia e regia.

Em 1967, parte para os Estados Unidos, para junto do filho mais velho e aqui permanece até 1972, exercendo várias funções artísticas: funda a Banda de Nossa Senhora do Rosário em Fox- Point, subúrbios de Providence, é professor, é maestro de diversas filarmónicas e orquestras, que interpretam e executam várias obras da sua autoria. É deste período (1969) que compõe em Providence, Sapateando n.1. e vê uma das suas composições, A Saudade, interpretada em Nova York no Guggenheim Memorial Concerts, sob a direcção de Richard Goldman, corria o ano de 1967, havendo outras bandas daquele país, que incluíram nos seus programas, obras da sua autoria. Depois da Goldman Band, e da Leihigh University Band, de Bethlehem (Pensylvannia) esta sob a regência do Maestro Jonathan Elkus, tem-se visto o compositor açoriano incluído, nalgumas das suas mais notáveis criações, como «números de honra» e em programas especiais. Com os Maestros Albertus Meyers e Keith Wilson, assistiu Francisco José Dias, no Broughel Junior High School Auditorium, em Bethlehem, à apresentação do seu poema sinfónico «Saudade», dirigido por David Hughes. Algumas das suas composições encontram-se registadas pela Library of Congress Copyright Office, dos Estados Unidos da América em cujos meios musicais é muito conhecido.


Aliás, a sua música tem sido executada por outras bandas militares e orquestras portuguesas e estrangeiras, de que se destaca a música gravada em disco, interpretada pela Banda da Força Aérea Portuguesa com marchas militares e poemas sinfónicos da sua autoria.

Do vasto reportório escrito para coro, piano, orquestra de câmara, orquestra sinfónica e bandas, sobrelevam os poemas sinfónicos "Pôr-do-Sol", poema sinfónico para orquestra, "É Crime se Não Voltares", “Momento Trágico" também poemas sinfónicos, “Capricho Sinfónico", e a "Saudade" que compôs para orfeão a 6 vozes.

Como escritor, são dele várias críticas musicais em jornais açorianos e, em livro, uma das suas conferências, "Música - Um Mistério Divino" interessante sinopse da história da música[6] e as famosas "Cantigas do Povo dos Açores", um monumental trabalho de recolha do folclore açoriano, livro póstumo, editado em 1981, pelo Instituto Açoriano de Cultura, em homenagem ao seu destacado sócio, e que constituem um trabalho exaustivo de recolha do folclore açoriano, esforço individual, sem auxílio de ninguém, como também aconteceu no decurso de toda a sua vida profissional e artística, lutando sozinho contra os efeitos da insularidade. Durante mais de 40 anos reuniu 185 canções populares, escritas e comentadas no relacionamento dos povoadores e suas origens com a população actual.

Recentemente, aquele prestigiado Instituto criou um extraordinário CD-ROM com esta obra onde além da leitura do texto se podem ouvir 191 músicas e consultar as partituras musicais e um estudo ilustrado sobre a viola da terra, todo um trabalho de grande qualidade coordenado e dirigido por Paulus Bruno e João Paulo Constâncio com a colaboração da Universidade Federal de Santa Catarina do Brasil coordenada pelo Arquitecto Roberto Tonera, num trabalho que honra o nosso povo e está à altura do devotado açoriano que foi Francisco José Dias.

Sublinho ainda a sua faceta de pedagogo, pois aproveitou sempre as oportunidades que lhe deram para falar em público, para ensinar ou explicar a música ou o mundo harmonioso aspiradp pela arte de Beethoven. Veja-se por exemplo o seu “Incitamento”, palestra dedicada aos atletas da Águia Azul, em que defende a “ordem, paz e progresso[7]. Nas suas ainda infelizmente inéditas mas preciosas, Breves Anotações Sobre Bandas Militares, despretensioso trabalho, diz ele, feito a pedido da Secção Cultural do Comando da Zona Militar dos Açores, colhi este ensinamento em que devemos meditar: deve-se às bandas militares a popularidade que tomou a música em S. Miguel, elas criaram no Povo o apreço da música evoluída, por meio de concertos semanais, regulados pela cuidadosa selecção dos programas... marchando à frente dos soldados, ensinaram as filarmónicas a acompanharem as procissões e outros actos que requeriam animação. Esta importante obra do Maestro Dias, precisa urgentemente de ser publicada, pois contem uma preciosa e insubstituível achega para a história cultural do nosso povo.

Como vimos, depois de completar os seus estudos de Harmonia, Instrumentação, Acústica, História da Música, Contraponto e Fuga, dedicou-se à composição, tendo escrito diversas obras do género ligeiro e sinfónico, para Banda e Orquestra, por tudo isso há hoje quem o considere, a par de Francisco Lacerda e Tomás Borba, um dos grandes compositores de música erudita açoriana.

A sua obra de composição que consta de 42 trabalhos para banda e orquestra, 23 para coro, 38 de música de Câmara e 6 de piano, tem sido executada por bandas militares portuguesas e estrangeiras e incluídas no reportório da Banda da Guarda Nacional Republicana e da Banda da Força Aérea Portuguesa que, sob a regência do Capitão Silvério de Campos, como já disse, gravou em disco marchas militares e poemas sinfónicos da sua autoria que precisam ser trazidos para o mundo digital para que os mais jovens conheçam directamente um dos maiores valores culturais açorianos.

Quase todas as suas composições estão registadas na Sociedade de Autores e Compositores Portugueses, destacando-se os poemas Sinfónicos «Pôr-do-Sol», «É crime se Não Voltares», «Momento Trágico», «Capricho Sinfónico», «Saudade», como números de maior profundidade, a par de composições ligeiras, Lieds ou canções.

Francisco José Dias musicou também numerosos poemas da autoria de poetas açorianos e, inspirando-se em temas populares, compôs algumas das suas apreciadas obras. Contam-se, neste caso, os poemas sinfónicos «Olhos Pretos», «Meu Bem», «Saudade», etc., para piano e para orquestra.

Tirei das suas ideias, três frases com que quero terminar a invocação do grande compositor açoriano que me parecem tão actuais:

“O canto conjunto incendeia as almas”

“A boa música constitui um baluarte defensivo que muito importa para a formação do espírito”.

“A música é um dos meios para a elevação espiritual do homem,


meio seguro para atingir-se o aperfeiçoamento da sociedade. Não pode nunca a música servir a baixa moral destruidora de virtudes, mas sim ajudar a purificar as almas”[8].

A morte surpreendeu-o em Lisboa, no Hospital Militar da Estrela, em 27 de Novembro de 1980, e o seu corpo, por sua vontade expressa, foi trasladado para a ilha de S. Miguel, e sepultado no cemitério da freguesia de Mosteiros[9] de onde contempla (se é verdade que a alma não morre), os mais belos pôr de sóis que Deus proporcionou ao Homem.

Temos ouvido aqui hoje a bela música que a Banda Militar dos Açores executa sob a segura direcção do Maestro e Compositor Lopes Coelho cuja carreira académica e militar honra os pergaminhos do mais prestigiado corpo musical do arquipélago e o solista Marco Torre que desde tenra idade se dedica à arte que encantou Francisco José Dias e cujas capacidade e juventude nos permitem augurar uma sólida contribuição para o progresso da música no nosso País marcada que está já a sua presença entre nós por inegável virtuosismo.

A maior homenagem que se pode prestar a um compositor é ouvir-lhe a obra. Faço votos para que estas minhas fracas palavras tenham o condão de vos fazer saborear com enlevo a obra do mestre.
Carlos Melo Bento
Ponta Delgada, 28 de Abril de 2007

Bibliografia do Maestro Francisco José Dias

-Filarmónicas da Ilha de São Miguel- J. M. Cabral[10]
-Cantigas do Povo dos Açores - Ten F. J. Dias
-Apontamentos sobre Bandas Militares nos Açores - Ten F.J.Dias -História dos Açores (Coletânea de documentos) SREC 1979 -Sr. Basílio José Dias
-Sr. Dr Luís Rodrigues
Tenente Francisco José Dias> compositor> professor> crítico musical> coralista> etc, foi Subchefe em 1935/37, 1939/42> 1950/54> 1957/58 e Chefe em 1958/59 e 1961/67.
[1] Que chegaria a capitão e a comandar a PSP em Macau.
[2] Primeiro na Rua do Amorim, depois no Canto da Fontinha, a seguir na Rua Coronel Miranda e finalmente na Rua de Lisboa e só nesta última se separou da Família paterna. Os verões passava -os nos Mosteiros, ou na casa do sogro, na Banda de Além ou na do pai, à Igreja.
[3] Aqui é-lhe sugerido pelo Comandante Weekes, da Marinha Mercante americana e que o viu reger com mestria, no Campo de S. Francisco, a Banda Militar, a ida para a América, onde lhe augurava futuro e fama, possibilidade que não se concretizou por várias razões.
[4] “Ser útil à minha terra que adoro, é o que pretendo”, in Cantigas do Povo dos Açores, p.14.
[5] Esta ida para o Funchal deveu-se a alguma intriga promovida por alguém que pôs em dúvida as suas capacidades de regente e, quando foi a Lisboa fazer parte dum júri de exames para chefes de banda, foi substituído por colega a quem o General Dário de Oliveira preferiu. Regressado da Madeira foi-lhe restituída a regência.
[6] Esta conferência foi proferida no Liceu Nacional de Ponta Delgada, em 22 de Fevereiro de 1967 e, com algumas alterações de pormenor, no Externato da Ribeira Grande em 27 do mês seguinte; a primeira a convite da Associação Católica dirigida pelo Reverendo Padre José Joaquim Rebelo, professor de Moral e Educação Cívica naquele estabelecimento de ensino, e na Ribeira Grande, a convite do professor de música Luís de Melo, apoiado pelo então já democrata Manuel Barbosa, figura de vulto na então vila-cidade, que ali manteve com alto nível, o único estabelecimento de ensino secundário que dirigia, tornando-se responsável pelas carreiras universitárias da juventude que educou e que muito contribuíram mais tarde para o desenvolvimento cultural dos Açores.
[7] Esta palestra, que não está publicada e o original, infelizmente, está incompleto, traduz o espírito nacionalista, predominante na época (Outubro de 1939).
[8] In, Música um Mistério Divino, 1967, p.30.
[9] V. nota biográfica no verso do disco LP vinil “Pôr do Sol” pela Banda da Força Aérea.
[10] Esta obra foi inspirada a Joaquim Maria Cabral, sogro de seu irmão Basílio, pelo Maestro Francisco José Dias, pois aquele e Carlos Pacheco muito ajudaram a União Fraternal, a filarmónica da antiga Rua da Canada, cuja varanda da sede (oferecida por este último) ainda ostenta as primeiras notas do seu hino.

4 comentários:

Teresa Dias disse...

Exmo.Sr.
Carlos Bento,

Pesquisando pelo nome do meu avô paterno, ou como hoje se diz, fazendo "google in", foi com alegria e emoção que li com agrado o rigor com que escreveu este artigo. Hoje é uma geração desaparecida com a morte recente do seu irmão mais novo Basílio José Dias, meu tio avô.
Faceleu este mês de Março também o seu filho mais velho, Francisco José Dias Jnr. emigrado nos EUA. O meu pai, Alcides José Dias, deixou-nos a 1 de Abril 2001. Resta-nos a obra de todos como registo de um património cultural que gostaria de ver para sempre preservado. A si e a todos os que trabalham em prol desse objecto, em meu nome pessoal e de todos os seus descendentes, o nosso muito muito obrigado.
Teresa Dias

Teresa Dias disse...

Exmo.Sr.
Dr.Carlos Bento,

No entusiasmo da leitura do seu blogue, não me apercebi que precisava de uns pequenos ajustes sendo:

- o meu avô Maestro Tenente Francisco José Dias tinha 3 irmãos: Carolina a mais velha e Manuel e Basílio mais novos que ele (no total eram 4);
- a minha avó chamava-se Maria Lídia;
- o meu pai teve três filhas, sendo com a seguinte ordem: Teresa, Isabel e Marta.

Muito agradeço o seu cuidado na divulgação deste seu blog.

Cumprimentos.
Teresa Dias

Carlos Melo Bento disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos Melo Bento disse...

Obrigado pela sua ajuda. Aqui fica o seu justo reparo. Se um dia for publicada a biografia desse grande músico e compositor açoriano com a dignidade que merece a sua figura gigantesca e tocada a sua obra em sua homenagem, estou certo que os seus comentários enriquecerão muito o meu pobre texto.