Sr. António Teixeira:
Hei-de defender este querido Povo, custe o que custar e a quem custar. Apesar dos milhões (da Europa) gastos na educação, existem açorianos, que não conhecem uma letra. Nesta crise serão os primeiros a emigrar e adivinha-se os trabalhos que lhes darão. Somos o melhor Povo do Mundo e não aceito que obriguem os nossos filhos, a degradar-se só porque a sua Terra os não preparou devidamente para sobreviver. Sangra o coração ver repatriados, no chão das ruas, bêbados porque ninguém lhes tratou dos papéis como era obrigação. Receberam os 250 milhões das remessas anuais, mas levam taxas por certidões que devem ser de graça! Corri risco de morte, fui preso, perseguido por ser açoriano e querer o melhor para o Povo a que me orgulho de pertencer. Sou neto de emigrante; só alguém distraído pode pensar que ofenda a quem mais amo! Vi avós chorarem por os netos os não entenderem; nem falando. Senti vergonha dos que mudaram os nomes. Não condeno. Ofendeu-se quando critiquei os que nos atraiçoaram nos anos 70, impedindo a emancipação que nos permitia governar-nos sem dependências aviltantes. Se a maioria nos apoiou, houve os que por ódio político tudo fizeram para que ficássemos dependentes de interesses alheios ao povo então esquecido. Mas a História já está a julgá-los e o quase nada que conseguimos e que tanto bem nos trouxe não foi à custa deles mas dos que a tempo e horas viram o caminho. Divulgo a nossa história em conferências, entrevistas, livros e programas televisivos, e só Deus porá fim, à tarefa de os manter conscientes de si próprios, unidos e com a dignidade a que têm direito mas é mentira que tenha pedido dinheiro para movimentos políticos e, se fui à Bermuda e à Nova Inglaterra falar, fi-lo à minha custa. Devemos evitar que o mal se repita, quando uma crise se aproxima, sem a merecermos. A defesa dos interesses açorianos consegue-se quando os açorianos se governarem e tenho tido a felicidade de o tempo me ir dando razão. Até me condecoraram. Se querer que estudem para quando emigrarem não terem que fazer tarefas humilhantes é ofendê-lo, tenho pena mas quem está errado é o senhor. Por vezes, é preciso usar linguagem rude para acordar as consciências. Somos a sentinela deste Povo. Não temos o direito de adormecer no posto.
Carlos Melo Bento
Hei-de defender este querido Povo, custe o que custar e a quem custar. Apesar dos milhões (da Europa) gastos na educação, existem açorianos, que não conhecem uma letra. Nesta crise serão os primeiros a emigrar e adivinha-se os trabalhos que lhes darão. Somos o melhor Povo do Mundo e não aceito que obriguem os nossos filhos, a degradar-se só porque a sua Terra os não preparou devidamente para sobreviver. Sangra o coração ver repatriados, no chão das ruas, bêbados porque ninguém lhes tratou dos papéis como era obrigação. Receberam os 250 milhões das remessas anuais, mas levam taxas por certidões que devem ser de graça! Corri risco de morte, fui preso, perseguido por ser açoriano e querer o melhor para o Povo a que me orgulho de pertencer. Sou neto de emigrante; só alguém distraído pode pensar que ofenda a quem mais amo! Vi avós chorarem por os netos os não entenderem; nem falando. Senti vergonha dos que mudaram os nomes. Não condeno. Ofendeu-se quando critiquei os que nos atraiçoaram nos anos 70, impedindo a emancipação que nos permitia governar-nos sem dependências aviltantes. Se a maioria nos apoiou, houve os que por ódio político tudo fizeram para que ficássemos dependentes de interesses alheios ao povo então esquecido. Mas a História já está a julgá-los e o quase nada que conseguimos e que tanto bem nos trouxe não foi à custa deles mas dos que a tempo e horas viram o caminho. Divulgo a nossa história em conferências, entrevistas, livros e programas televisivos, e só Deus porá fim, à tarefa de os manter conscientes de si próprios, unidos e com a dignidade a que têm direito mas é mentira que tenha pedido dinheiro para movimentos políticos e, se fui à Bermuda e à Nova Inglaterra falar, fi-lo à minha custa. Devemos evitar que o mal se repita, quando uma crise se aproxima, sem a merecermos. A defesa dos interesses açorianos consegue-se quando os açorianos se governarem e tenho tido a felicidade de o tempo me ir dando razão. Até me condecoraram. Se querer que estudem para quando emigrarem não terem que fazer tarefas humilhantes é ofendê-lo, tenho pena mas quem está errado é o senhor. Por vezes, é preciso usar linguagem rude para acordar as consciências. Somos a sentinela deste Povo. Não temos o direito de adormecer no posto.
Carlos Melo Bento
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