segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mulheres

A primeira-dama açoriana, Luísa César, foi ao Canadá em viagem política participar em evento que envolveu açorianos naquele ponto da Diáspora. Berta Cabral a primeira e mais importante autarca desta terra, foi Mordomo nas maiores festas da açorianidade. Por razões diversas foram criticadas. Sem razão, diga-se, pois tudo o que é feito em nome da unidade açoriana é imperativo categórico. Em 1976, proclamei no Teatro Micaelense, perante o delírio apoteótico duma multidão de bons açorianos que quem atentasse contra a nossa unidade cometia crime de alta traição. E quem faz o contrário contribui para o fortalecimento dos laços que nos unem. Somos um Povo que a história do centralismo vesgo obrigou a viajar qual judeu errante. Enquanto este tinha a sua Bíblia para identificar-se, nós temos os nossos dirigentes e a nossa religião, no Culto do Divino em que cremos intensamente, que nos une no Brasil, no Canadá, na América e na Califórnia (que se distingue não sei bem porquê) e seja onde for. As cidades gregas guerreavam-se constantemente, mas ligavam-nas os jogos, a religião e a língua. A nós liga-nos esta imensa alma açórica que se exprime na literatura, que se sente no fervor religioso à volta da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade que um costume indestrutível nos arregimenta em todo o lado, se pratica na maioria dos lares da Nação Açoriana aqui e nos quatro cantos do mundo onde pulsa um coração açoriano, e se manifesta na profunda solidariedade que nos une contra ventos e marés, contra tudo e contra todos. Luísa César respondeu à chamada de açorianas emigradas. Berta Cabral mantém aqui a chama imortal dum culto que somos nós mesmos na sua essência humana e divina. Isso não tem preço e o seu custo é o da nossa sobrevivência como Povo que quer ser gente.
Carlos Melo Bento
2010-07-12

1 comentário:

Pedro Viveiros Freitas disse...

Por favor mande mais artigos dos Acores, sobre os Acoreanos, sendo eu proprio um, mas que reside nos Estados Unidos Da America