segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Bombeiros Voluntários - 130 anos de Vida por Vida

Exma. Senhora Presidente da Câmara
Senhor Presidente da Associação Humanitária dos nossos Bombeiros Voluntários
Senhor Comandante e demais responsáveis e Soldados da Paz
Amigos

Gostava de começar esta minha fala pela leitura duns versos:

“Peço a Deus memória
E também para me ajudar
Para versar esta história
Que é coisa de pasmar

Isto é coisa horrível
E o coração faz doer
Foi um desastre terrível
Uma igreja a arder

Eram dez e meia da noite
Quando o alarme começou
Quase tudo dormia
Quando uma mulher gritou

Esta mulherzinha gritou
Numa voz tão ardente
Que logo se juntou
Para ali muita gente

Foi a dois de Março
Que esta cena se passou
Foi o nosso templo sagrado
Que se incendiou

Foi a Capela-mor da Covoada
Que ficou destruída
Estava tão bem preparada
A nossa igrejinha querida

O lume ardia
Na sua malícia correcta
Pensávamos que destruía
A igreja completa

Quando o povo se juntou
Numa grande aflição
Um pobre velho gritou
Deitai o tecto ao chão

Foi a porta rebentada
Para se realizar tal fim
Mas a chama se elevava
Que se tornou muito ruim

Subiu para a torre
Um grande homem valente
A pedir socorro
E chamar mais gente

Mas um rapaz esperto
Que trabalha com sapateiros
Resolveu mexer os pés
E foi chamar os Bombeiros

Ele ao passar na Saúde
No Benevides queria bater
Mas lá dormia tudo
E teve de continuar a correr

Na corrida que levava
Para chamar os Bombeiros
Levou mais uma tacada
Na padaria do Viveiros

Não se encontrava o Viveiros
Parece que estava para o cinema
E para chamar os Bombeiros
Teve que procurar telefonema

Ele telefonema encontrou
Na mercearia Duas da Madrugada
Logo aos Bombeiros comunicou
Que havia fogo na Covoada

Este curato desgraçado
Isto é mesmo de tremer
Acho que não vale nada
Para nem telefone ter

Mas cá na freguesia
Foi um grande alevanto
Tudo chorava e gemia
Tudo fazia o seu pranto

O Senhor Abade
Veio com prontidão
Ó Jesus Sacramentado
Vinde ao meu coração

Ele quando chegou
Viu grande multidão
Neste momento desmaiou
Mas dele tiveram compaixão

O Pároco veio preparado
Para tirar a Eucaristia
Mas quando chegou ao adro
A capela toda ardia

As mulheres gritavam
Para alguém acudir
Os homens trabalhavam
Para o fogo sucumbir

Os nossos Bombeiros
Tiveram alguma demora
Porque o pobre sapateiro
Andou quase uma hora

Quando chegaram os Bombeiros
Àquele templo tão sagrado
Já se via o braseiro
A arder no sobrado

Chegaram com a tropa
Estes homens terríveis
Pararam mesmo à porta
Com aqueles carros horríveis

Utilizaram mangueiras
Para apagar o lume
Foi de tal maneira
Que ficaram pretos do fumo

Também polícias chegaram
Para esclarecer o caso
Que logo chamaram
Pelo Reverendo Pároco

Não se sabe ao certo
Como começou o incêndio
Sabe-se que começou perto
Do trono Supremo

Já o fogo apagado
Iam retirando os destroços
Foram eles retirados
Com os nossos esforços

A nossa imagem linda
Que ficou num braseiro
Deu uma dor tão fina
Quando a tirou um Bombeiro

Havia nesta Capela
Um retábulo mui querido
Era todo feito à mão-d’obra
E todo muito bem bornido

Este retábulo deixou pena
A todos os Paroquianos
Porque todos o amavam
Já havia muitos anos

Um homem novo queria
Salvar o lindo Sacrário
Porque ali dentro vivia
Jesus Cristo Sacramentado

Mas ele não pode lá chegar
Porque o fogo o impedia
O Povo estava a gritar
Pela Divina Eucaristia

Ainda mais percas houve
Num tão grande valor
O fogo também levou
O nosso lindo Tabor

Foi-se embora o Tabor
Desta pequena aldeia
Quero que dêas valor
Para se erguer a Igreja

Deste incêndio malvado
Só as cinzas restou
Nem o próprio sobrado
Da Capela-mor ficou

A Igreja era pequena
Para esta população
Quero que vós entendais
A nossa triste situação

Desculpai-me estas poesias
Que foi com pouco tempo
Ficamos com poucas alegrias
Quando falamos neste incêndio

Mais uma desculpa peço
Por esta minha maçada
E quero que se lembrem
Duma esmola p’rá Covoada

Vai faltando o papel
Para isto ir inteiro
Versos do Fernando Pimentel
E do Luís da Silva Cordeiro”

Encontrei por acaso estes versos numa publicação pertencente à Biblioteca da Fundação Sousa d’Oliveira, pouco depois do Magnífico Reitor, Professor Doutor Vasco Garcia, me convidar para usar da palavra neste dia comemorativo da criação da nossa mais querida instituição: a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, e logo pensei que o meu saudoso mestre me enviava de longe uma mensagem para que não esquecesse a poesia popular micaelense em tudo o que ela tem de profundo para nos descrever na sua linguagem, no sentir da alma da nossa gente, nos anseios que acalenta, nos medos que a atormentam, nas queixas que formula, na impotência perante o inevitável, na esperança da renovação e na fé com que se alimenta.

Quando em 1970, minha Mulher correu um “perigo” tentei nervosamente encontrar uma ambulância que a conduzisse ao velho Hospital da Misericórdia para que um médico a salvasse da morte certa. A ambulância do Hospital estava avariada e a da Clínica estava fechada a sete chaves. Lembrei-me então dos Bombeiros para quem telefonei aflitíssimo; conscientes da tragédia iminente, o pessoal de serviço não perdeu um segundo e, mesmo contra mão, vieram da Rua da Louça para a da Cruz, levando-a para a Urgência onde uma médica a salvou no último minuto. Desde então, estive sempre ao serviço dos nossos Bombeiros e assim estarei enquanto for vivo e são. Por isso, Magnífico Reitor Vasco Garcia, não lhe faço nenhum favor em vir aqui. Cumpro um dever de gratidão, tento amortizar uma dívida tão grande que mesmo vivendo cem anos jamais a saldarei.

E quando lembro os versos que vos li, penso em como está diferente a nossa terra em termos de socorro quer na doença quer no incêndio. Desastres acontecem e sempre acontecerão pois onde está o homem está o perigo, como dizia meu Pai que também vos serviu e que, se vivo fosse, faria agora cem anos. E, a propósito dele, gosto de pensar que os homens que servem com paixão e desinteresse as grandes causas humanitárias hão-de viver sempre rodeados de incompreensões e desenganos mas nunca se arrependem do bem que fizeram e o maior deles é o exemplo que deixam aos filhos, apesar das ausências de casa que tanto arreliam as nossas Mães e que tanta falta fizeram aos filhos semi - abandonados numa adolescência sempre difícil.

Mas o saldo positivo é gigantesco, salutar e recompensador. E se a má memória dos detractores não dorme, é preciso que a boa memória dos justos não se cale para que não nos tenhamos de lamentar como Martin Luther King, da dolorosa indiferença dos que nunca tomam posição perante as injustiças.

Temos então que a nossa Associação faz anos hoje. Centro e trinta, rezam as crónicas, quando talvez precisamente nesta mesma sala reuniu pela vez primeira a Assembleia-geral da nossa Associação Humanitária presidida pelo Barão da Fonte Bela, ao tempo também presidente da Câmara; era bisavô de João Gago da Câmara, um dos presos do 6 de Junho de 1975, que também presidiu aos destinos desta famosa Edilidade, ainda hoje, apesar de octogenário e, graças a Deus, entre nós, com larga geração.

Nesse tempo, a nossa doca “já” tinha conseguido 544 metros de comprimento, mercê dos esforços de José do Canto e dos heróicos micaelenses, contra tudo e contra todos que nada se conseguiu nesta terra sem luta.

Estou imaginando o velho titular, nessa altura com 64 anos, saindo do seu belo palácio, hoje Escola Antero de Quental, no carro de cavalos com o brasão da sua casa pintado na portinhola do coche, o cocheiro de chicote em riste, com o trintanário a seu lado, na boleia, nervoso e pronto a desdobrar o degrau de ferro para sua excelência se descer sem sobressalto, da viatura. O porteiro da Câmara solicito e empertigado na sua farda verde de botões dourados, curvando-se perante o magistrado municipal e abrindo o cortejo que sobe pausadamente a escadaria dos Paços do Concelho perante o olhar espantado dos inúmeros basbaques postados em frente do Paço e desemboca solene nesta mesma sala das sessões, de tochas acesas e janelas abertas que o Verão ia alto e quente. – “Está aberta a sessão, em nome do Barão da Fonte Bela, excelentíssimo senhor Amâncio da Silveira Gago da Câmara e a ordem do dia é a instalação duma associação de voluntários Bombeiros nesta nossa grande cidade”. Sua excelência aceitara presidir à nova instituição, na sequência do convite que lhe foi dirigido pelos cavalheiros que tomaram a benemérita iniciativa e que a Senhora Câmara aprovou por unanimidade, disponibilizando esta sala para as primeiras reuniões. Presentes também os vice-presidente Manuel Joaquim Tavares, o secretário da Câmara, Pedro Paulo Santos, Guilherme Rangel, Manuel Sequeira (chefe de Polícia Municipal), António José de Viveiros, Agostinho Pereira de Medeiros e Inácio Ribeiro Alves, Inspector de Incêndios. Logo depois se associariam nomes sonantes da sociedade local, como o Conde da Silvã, D. Francisco, o Visconde do Porto Formoso, também avô do Presidente João Gago da Câmara, Ernesto do Canto, o próprio filho do Barão, o Barãozinho Jacinto que morreria muito novo. Atrás deles veio toda a gente de bem que graças a Deus era muita, na sociedade novecentista micaelense, de quem me permito destacar esse gigante da nossa benemerência, nascido na Rua do Saco e morador na Rua do Melo, Alfredo da Câmara que haveria de nos empolgar como povo, à volta do ideal humanitário, durante toda a sua vida, arrastando multidões para a celebração do 1.º de Maio, em vista a melhorar as desgraçadas condições de trabalho e de vida das nossas classes mais necessitadas, ou nos cortejos ou bandos precatórios que fazia percorrer a cidade para angariar fundos para as miseráveis viúvas dos nossos pescadores mortos em naufrágios que ele sentava cobertas de luto, em barcos incorporados no cortejo cívico, rodando ao som dolente, compassado e triste de tambores, ou para as meninas do Asilo a quem proporcionou dotes ou para os velhinhos do outro Asilo para quem organizou passeios e festas numa época tão longe do que hoje nos parece ser inovação. Promoveu espectáculos teatrais para recolher fundos para afastar a miséria dos nossos pobres, servindo os bombeiros mais talentosos de actores, em bem escolhidos dramas. Protegeu órfãos, viúvas velhos e pobres!

Fundou o jornal O Repórter para defender os seus ideais e para divulgar as questões ligadas aos Bombeiro. Fundou a Associação Autonómica Micaelense de que foi grande impulsionador. Como ajudou tanto quanto pôde, a escola nocturna de ensino primário e ginástica criada pelos Bombeiros, proporcionando as luzes da cultura a quem esta era negada por desmazelo e ocultas razões, numa época de analfabetismo generalizado e anquilosante.

Antigamente havia duas organizações de Bombeiros: os municipais que dependiam da Câmara a cujos quadros pertenciam e os Voluntários que pertenciam a si próprios e ao seu altruísmo. Quando havia um incêndio, tocado o alarme nos sinos da torre da matriz, com 10 badaladas para fogo em S. Pedro, 11 em S. José e 9 na da Matriz de S. Sebastião, primeiro chegavam os Voluntários, a seguir os Municipais, depois chegavam os Carros de Combate ao incêndio e, só passado algum tempo, chegava a água, fechada a sete chaves como bem precioso que era. Só que, às vezes chegava tarde de mais…

Vistos estes inconvenientes, um ano depois de cá terem estado os Reis de Portugal, fundiram-se as duas corporações na actual, tendo vencido os Voluntários na luta surda pela sobrevivência dos melhores mas subordinando-se aos grandes princípios éticos, fundamento de toda a sua acção: Honra, Heroísmo e Filantropia.

Hoje, observando as magníficas instalações que Albano Neto de Viveiros e a sua equipa conseguiram edificar, e os instrumentos de combate postos à nossa ordem, num sábio aproveitamento dos abundantes meios humanos e materiais de que miraculosamente dispomos, não se faz uma pálida ideia do que foram os instrumentos de trabalho dos nossos antepassados que por aqui passaram.

O nosso primeiro Quartel foi na Rua do Gaspar, hoje rua Dr. Bruno Carreiro, inaugurado com pompa e circunstância, em longo cortejo de homens e material da Praça do Município pela rua dos Mercadores, Largo de Camões, Travessa da Graça, Ruas de S. João, João Moreira, Stº. André, Conde, Canada, Theatro (hoje, Marquês da Praia), S. Braz e Gaspar, tudo acompanhado pelas boas marchas triunfais da Rival das Musas. O Barão, o Dr. Pereira Ataíde que se incorporaram no cortejo, botaram discurso no novo Salão, onde Filomeno Bicudo e Araão Cohen declamaram poesia, e a Rival executou música apropriada. Foi isto em 1881, reinava serenamente o senhor rei D. Luís I e já roncavam nos subterrâneos da nossa terra os primeiros rugidos do autonomismo libertador.

Nove anos depois, mudaram-se os Bombeiros de armas e bagagens para a Rua do Aljube, aí onde tinha funcionado a cadeia religiosa que albergara durante séculos os que da religião tinham uma visão pouco ou nada ortodoxa. Ali funcionariam as aulas de instrução primária e de ginástica para quem quis e pôde.

Correram mais doze anos e foi então que os nossos Bombeiros se mudaram para o velho Teatro de S. Sebastião na velha Rua da Louça, hoje chamada de Manuel da Ponte, em memória do grande autonomista, pedagogo e republicano. A casa era dos descendentes do Morgado José Caetano e nessa família se manteve o edifício até há pouco tempo. Aí puseram os soldados da paz a funcionar um salão de cinema, invenção revolucionária. E foi neste salão de cinematógrafo que se dançou o primeiro tango Argentino nesta ilha, a nova dança esperada com “ansiedade”! Executada pelo professor Manuel Joaquim de Matos e pela sua aluna Arménia Casanova. Um sucesso. Isto tudo de mistura com a Tuna dos empregados comerciais e um quinteto Vitaliani, com fados e concerto de piano e as inevitáveis poesias tudo muito aplaudido e apreciado.

Foi desse edifício já degenerado em pardieiro quando tomei posse como presidente em 1972 que comecei numa luta sem quartel para lhes dar novo quartel e consegui, apesar das inúmeras dificuldades que tivemos de enfrentar numa instituição deste género que dispunha então de apenas uma viatura que, para subir a rua Joaquim Nunes da Silva, tinha de ser rebocada por um tractor! E com todo o restante material obsoleto e quase inútil. Ilídio Rodrigues disciplinou e treinou o pessoal e nós arrebanhámos duas viaturas novas do BPI e do Grupo Bensaúde ao passo que erguíamos a toda a força as paredes da nova casa com a empresa de Mestre Manuel Soares e a orientação técnica desse humilde gigante engenheiro João Gilberto de Medeiros. Mas estou eu a falar de mim, esquecendo-me que elogio em boca própria é vitupério. Os outros que digam antes que estrague a festa. Quando estava tudo quase pronto, veio o 6 de Junho de 1975 e a minha prisão pelo que foi o meu carcereiro para minha amargura quem presidiu à inauguração do nosso trabalho, em sessão soleníssima, a que tive de assistir a seu lado, para mal dos meus pecados que até a caneta ele me emprestou pois a minha, na hora de trabalhar, recusou-se, sabe Deus por quê!

Julgava eu ter descoberto o caminho marítimo para a felicidade dos Bombeiros no que diz respeito a meios materiais e, eis senão quando, vem a Europa e os seus milhões e o Albano Neto de Viveiros que os agarrou fazendo uma obra única no País e quase única na Europa. Esta coisa de ser o primeiro, acreditem, não é fácil! Claro que nem ele nem eu trabalhámos sozinho. A minha companhia foi o Padre Zacarias, o Sr. Tibério Barbeiro, o Sr. José Francisco, secretário judicial, João Gualberto Arruda e os comandantes Ilídio Rodrigues, herói da Guiné e Álvaro Lemos que foi herói lá e cá, pois à sua devoção devemos todo o período áureo da corporação.

Os Companheiros do Albano foram Clarimundo Brandão e Ferreira de Almeida que sem eles não se teria conseguido coisa tão boa. A cereja em cima do bolo foi a bela estátua de Álvaro França, esse micaelense escultor e mestre de escultores, obra que eu tinha sonhado para uma das praças da nossa cidade com a efígie de Alfredo da Câmara. Valha a intenção que a Câmara de então, quiçá envolvida em complexos duma falsa direita, não deixou.

Hoje, Vasco Garcia e os seus colaboradores, gerem uma máquina complexa, pesada, difícil e eficiente. Graças a Deus que estão ao leme, pois doutro modo não seria fácil conseguir os resultados espantosos até agora obtidos em que a segurança inspirada é total.

Consola-me a lembrança de que a disciplina de hoje é herdeira do desejo dos fundadores da corporação, em que os aos bombeiros era vedado andar em brigas e desordens nunca podendo aparecer embriagados com farda sob pena de expulsão imediata, sem apelo nem agravo. Consola-me saber que meu querido e saudoso Pai, formado nas fileiras do glorioso exército português ainda que como oficial miliciano, impôs, inspirado na velha instituição castrense, uma disciplina férrea que pode tê-lo tornado pouco simpático mas o seu ensinamento perdura no ânimo dos que servem pois que sem essa disciplina não há ordem mas o caos que impede toda a obra útil.

Não disse tudo (nem nunca ninguém o dirá) sobre a história destes nossos heróis mas gostaria ainda de vos referir que aos Bombeiros também se ficou devendo durante décadas, o socorro a náufragos e a criação do Clube Naval hoje tão prestigiado e afamado.

No auge da campanha autonómica de 1893/95, António San-Bento que guardava os aprestos de socorro a náufragos numa arcada da Praça do Município por ele arrendada, junto ao Cais da cidade, pediu ajuda à Câmara. Aí ou no Cais da Sardinha ao Corpo Santo ou no Campo de S. Francisco, funcionou por vez primeira o Club Sport Náutico, avô do actual, com bóias, foguetes de lançamento de cabos e todos os outros aprestos com que salvaram centenas de vidas nacionais e estrangeiras e por tantos foram louvados e agraciados. Os sinos de alarme tocavam 7 vezes para chamar os socorristas ou não fosse esse número cabalístico tão da predilecção dos homens dos sete mares e dos sete ventos!

E não vou dizer mais que hoje é dia de festa. A todos os que se sacrificam todos os dias por nós muito e muito obrigado e muitos parabéns por manterem vivo e em bom estado, o ideal romântico de Vida por Vida que nada há de mais sagrado nem de mais agradável neste mundo.
Carlos Melo Bento
2009-08-04






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