terça-feira, 24 de março de 2009

Augusto Cymbron

Durante algum tempo soube bem vê-lo e ouvi-lo como representante nacional das gasolineiras, defendendo com rigor os interesses dos representados e, por tabela, os dos consumidores que observam espantados o sobe e baixa dos preços do petróleo nos mercados internacionais e o sobe sobe dos preços da gasolina cujos fornecedores parecem estalinistas, tão rigorosamente levam a preceito o ensinamento do mestre russo: dois passos em frente e um atrás. Perdida a noção de honradez no mundo dos negócios do mercado livre, com os escroques a subirem aos mais altos cargos das companhias e dos bancos (que o décimo primeiro mandamento é o: “não te deixes apanhar”), fica-se com a ideia de que pessoas como o Dr. Augusto Cymbron, são espécie em via de extinção. Não porque a natureza os extinga como aos dinossauros mas porque os caçadores furtivos os abatem sem contemplações, escapando por ora, às malhas da lei. Juntam-se em matilhas de lobos com peles de cordeiro e, invocando os sagrados direitos, usam-nos, não para defender interesses legítimos mas para se empanturrarem à custa do cidadão comum distraído entre as internets e os gameboys e alheio às aldrabices que entretanto são feitas nas suas costas e às suas custas. Bem-haja e, da ínfima parte que me cabe, obrigado. Desceu à última morada, na terra que adoptou, o madeirense Fernando Acciaoli Homem de Gouveia, rocha de amizade e coerência. José de Almeida considerou-o o amigo mais difícil. Ainda assim, Amigo. Grande!
Carlos Melo Bento
2009-03-24

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